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Tanqueiros fazem greve contra valor pago em ICMS em MG


Segundo o sindicato que representa o setor dos postos de combustível, não houve registro de desabastecimento. Polícias Rodoviária Federal e Militar Rodoviária não registraram impactos da paralisação nas estradas mineiras.

Motoristas de caminhões que transportam combustíveis – os tanqueiros – começaram uma greve e pararam de rodar na madrugada desta quinta-feira (21) em Minas Gerais. Segundo o sindicato que representa o setor dos postos de combustível, não houve registro de desabastecimento e as polícias Rodoviária Federal e Militar Rodoviária não registraram impactos da paralisação nas estradas mineiras.

De acordo com o presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (SindTaque-MG), Irani Gomes, 100% dos caminhoneiros estão parados.


"Cem por cento da categoria de transporte de combustíveis e derivados de petróleo do estado de Minas Gerais amanheceu hoje com os braços cruzados, pois nós não aguentamos mais as altas dos combustíveis", disse Gomes.

Ele afirma que o óleo diesel hoje representa quase 70% do valor do frete. "As transportadoras estão quebrando, transportadoras que são históricas no estado de 50 anos, de 30 anos, não aguentam mais trabalhar. Pedimos a sensibilidade do governo, mas o governo não está se preocupando com essa categoria que hoje carrega mais de um terço da economia do estado. Então, estamos em greve, estamos com os braços cruzados até que o governo se sensibilize e olhe para essa categoria", afirmou.

A categoria reclama do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos combustíveis no estado e os altos custos dos combustíveis da Petrobras. Dois caixões simbolizando a "morte do frete" foram colocados na entrada da BR Distribuidora, em Betim, na Grande BH.

Cerca de 100 caminhoneiros também se manifestaram na BR-381, em Governador Valadares, na Região Leste do estado. O movimento está sendo realizado ainda no Rio de Janeiro e Espírito Santo.

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro) disse que a "avaliação atual é que se o movimento durar mais de 24 horas, é possível que haja desabastecimento em postos que apresentavam estoques mais baixos".



Leia abaixo a íntegra do comunicado.

O que diz o Minaspetro

Leia a íntegra da nota:

"Diante do anúncio do Sindtanque-MG que 100% da categoria aderiu à paralisação desta quinta-feira, o Minaspetro informa que apoia o pleito dos caminhoneiros e tem trabalhado junto às autoridades para buscar soluções que reduzam o ICMS dos combustíveis. A avaliação atual é que se o movimento durar mais de 24 horas, é possível que haja desabastecimento em postos que apresentavam estoques mais baixos.

O setor de combustíveis tem vivido uma intensa crise nos últimos meses, com ameaça de falta de produto pela Petrobras, escalada de preços e instabilidade internacional. A redução do preço dos combustíveis é uma luta antiga do Minaspetro, que tem dialogado permanentemente com o governo de Minas para buscar alternativas para cessar os aumentos do PMPF – base de cálculo para o tributo –, propondo o congelamento do preço de pauta, como já foi realizado por alguns estados da federação.

O Minaspetro acredita que em um momento de forte instabilidade, em que a população já sofre com altos preços e desemprego por causa dos efeitos da pandemia, a realização de greve não é o caminho ideal para a solução do problema".

O que diz o governo de Minas

Leia a íntegra da nota:

No último dia 13 de outubro, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que estabelece valor fixo para o ICMS dos combustíveis em todo o país. Todos os Estados da Federação e também o Distrito Federal já se posicionaram contrários à proposta que, se aprovada pelo Senado, vai representar uma perda de R$ 32 bilhões/ano em arrecadação. Somente em Minas Gerais, a perda estimada é de R$ 3,6 bilhões/ano. Essa redução também terá impacto direto nos cofres dos 853 municípios mineiros, uma vez que 25% (R$ 900 milhões) são destinados às prefeituras. Importante ressaltar que esses recursos são essenciais para o funcionamento dos serviços públicos necessários para toda a população.


Outro ponto a ser destacado é que os últimos reajustes nos valores dos combustíveis não se devem ao ICMS cobrado pelos estados, mas, sim, à política de preços adotada pela Petrobras.

O que diz a Petrobras

O g1 questionou sobre a reclamação dos “altos custos dos combustíveis pela Petrobras”, mas a companhia não respondeu.

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