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Milho: Chicago cai e atinge pior patamar desde novembro

O mercado brasileiro de milho mantem-se estável

Foto: Ministerio da Agricultura

O milho negociado na Bolsa de Chicago fechou com preços significativamente mais baixos nesta terça-feira, dia 19. As cotações atingiram o menor nível desde 27 de novembro, com o mercado sendo influenciado negativamente pelo sentimento de fraca demanda para o cereal norte-americano.

O tom de cautela entre os representantes dos Estados Unidos e da China, que estiveram novamente reunidos nesta terça, na busca de um acordo comercial, também influenciou negativamente.

As inspeções de exportação norte-americana de milho chegaram a 941,8 mil toneladas na semana encerrada no dia 14 de fevereiro, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Na semana anterior, haviam atingido 751,4 mil. Em igual período do ano passado, o total inspecionado foi de 943,6 mil toneladas.

No acumulado do ano-safra, iniciado em 1º de setembro, as inspeções somam 24,1 milhões de toneladas, contra 16,7 milhões de toneladas no acumulado do ano-safra anterior.

MILHO NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

  • Março/2019: US$ 3,69 (-5 cents)

  • Maio/2019: US$ 3,78 (-4,75 cents)

O mercado brasileiro de milho manteve-se estável nesta terça-feira, mas continua com viés de alta devido à oferta restrita. O quadro doméstico oferece poucas mudanças no decorrer desta semana até aqui.

Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, a oferta permanece restrita em diversas regiões do país, resultando na dificuldade da composição dos estoques de maneira satisfatória.

“Os grandes consumidores do país passam a atuar de maneira mais efetiva no mercado, elevando as indicações de compra para solucionar esse problema. De maneira geral, o foco dos produtores permanece na colheita e no escoamento da soja”, comenta.

De acordo com a Agrifatto, a disponibilidade restrita do cereal nesta época do ano mantém o mercado firme, e a perspectiva de valores mais altos fazem a ponta vendedora reter a matéria-prima. Com o ritmo lento de comercialização oferecendo pouco espaço para alívio das cotações.

O fato é que a semeadura avança em ritmo aquecido, e estima-se que cerca de 50% da área prevista já foi plantada. “Ou seja, o país deve plantar boa parte da safrinha em janela ideal”, dizem analistas da consultoria.

Quando a produção da segunda safra estiver mais clara, e se sinalizar para cotações menores a frente, a pressão vendedora deve aumentar. “Combinado com a oferta da safra de verão, a curva de preços deve se acomodar”, informa a Agrifatto.

MILHO NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Rio Grande do Sul: R$ 38

  • Paraná: R$ 36

  • Campinas (SP): R$ 44

  • Mato Grosso: R$ 26

  • Porto de Santos (SP): R$ 37

  • Minas Gerais: R$ 36,50

  • Porto de São Francisco (SC): R$ 35,50