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Mesmo sem EUA, agenda do Acordo de Paris será mantida, dizem especialistas


A decisão dos Estados Unidos de sair do Acordo de Paris pode se considerada uma “ducha de água fria”, mas não deve impedir a continuidade da agenda global contra as mudanças climáticas. Foi a avaliação feita durante painel sobre o assunto no seminário Perspectivas para o Agribusiness 2017 e 2018, promovido pela B3, em São Paulo (SP). Apesar do impacto, o anúncio feito pelo governo norte-americano não pode ser considerado uma surpresa. Durante a campanha eleitoral, o presidente Donald Trump foi crítico do acordo. Ele justifica a decisão de sair em “desvantagens” para o país.


No seminário, o presidente do Conselho de Administração da Fibria, José Luciano Duarte Penido, destacou que a posição do presidente norte-americano é divergente da opinião pública do país. E, apesar da importância dos Estados Unidos, a agenda do clima não deve sofrer “um baque muito grande”. “As próprias empresas americanas de atuação global não têm como redesenhar suas estratégias em relação ao mercado consumidor porque isso teria um dano irreversível”, avaliou. É importante lembrar também que os Estados americanos têm autonomia, ressaltou Anelise Vendramini, da Fundação Getúlio Vargas. Na avaliação dela, essa descentralização diminui a dependência das ações de Washington para o cumprimento de metas relacionadas às mudanças do clima. “Essa agenda, esperamos, não vai depender do governo federal. Trinta e três Estados americanos vêm fazendo um esforço de descarbonização da sua economia”, afirmou. O sócio do escritório Tozzini Freire Advogados, Vladimir Miranda Abreu, fez avaliação semelhante. Ressaltou o exemplo do Estado da Califórnia como um dos que têm “políticas muito incisivas” em relação às mudanças climáticas. “No plano estadual, haverá políticas sendo implementadas.” Abreu avaliou que, independente da postura dos Estados Unidos, a agenda das mudanças climáticas é um tema que “veio para ficar”. Acrescentou que e Europa e a China estão discutindo uma possível colalizão para levar as discussões adiante. “Temos coisas para discutir e identificar os mecanismos que podemos usar para colocar isso adiante e ver como o Brasil pode cumprir suas metas”, alertou.

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