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Catar estuda importar mais carne do Brasil, diz ABPA


O Catar manifestou a intenção e elevar as importações de carne brasileira. É o que informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa a indústria de aves e suínos. Em comunicado, a entidade diz ter recebido essa sinalização por parte do Ministério de Relações Exteriores do Brasil (MRE).

“O presidente-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra foi informado pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) que importadores do Catar pretendem incrementar as compras de proteína animal do Brasil”, diz a entidade, em comunicado enviado a Globo Rural, nesta sexta-feira (28/4).

De acordo com a ABPA, a possibilidade de aumento nos negócios foi admitida pela Qatar Meat Production, processadora de carne do país islâmico. A empresa compra produto brasileiro através de intermediários internacionais. A intenção agora, diz a entidade, seria incluir a negociação direta com a indústria brasileira.

Atualmente, o Catar é o 15º principal destino da carne de frango do Brasil, em uma lista de 160 países importadores. No ano passado, importou 71,3 mil toneladas, representando 1,7% do total exportado pela indústria brasileira, conforme dados da Associação.

O país chegou a suspender as compras por causa da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, que investiga suspeitas de irregularidades na indústria frigorífica. Recentemente, anunciou a retomada dos negócios, condicionados a um reforço na fiscalização sanitária de produtos.

Para o presidente executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, a intenção manifestada ao governo pelos importadores é um atestado de confiança na proteína animal brasileira.

“Eles nunca cogitaram mudar os planos sobre os negócios com o setor brasileiro, com o objetivo de incrementar as importações. Este depoimento é um atestado da confiança internacional na competência e na qualidade de nossos produtos”, diz ele, no comunicado da ABPA.

De acordo com o Ministério da Agricultura (Mapa), 40 países voltaram a comprar do Brasil, mas colocaram condições mais rigorosas de fiscalização. Nesta semana, o governo anunciou que Angola e Iêmen passaram a integrar essa lista. Os 21 frigoríficos colocados sob auditoria na investigação seguem impedidos de negociar com o mercado internacional.

Outros 15 mercados permanecem totalmente fechados. As medidas adotadas pelo governo brasileiro diante da investigação da Polícia Federal por 14 países e três ainda analisam as informações da parte do Brasil. Também nesta semana, o secretário de Relações Internacionais do Ministério disse esperar o fim dos embargos impostos por países caribenhos até o final do mês de maio. Odilson Ribeiro e Silva se reuniu com representantes das embaixadas da Jamaica, Haiti, Trinidad e Tobago, Guiana, Suriname e Barbados.

Conforme o Mapa, em 2016, os países da Comunidade e Mercado Comum do Caribe (Caricom) importaram US$ 49 milhões de carne bovina e de frango do Brasil. No primeiro trimestre deste ano foram outros US$ 12 milhões.

De janeiro a março, o Brasil exportou para o mercado global US$ 3,7 bilhões em carnes. No mesmo período no ano passado a receita tinha sido de US$ 3,2 bilhões.

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