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Gripe aviária favoreceu exportações brasileiras de frango, indica ABPA


Os focos de gripe aviária registrados em várias regiões do mundo estaria favorecendo a comercialização de produtos de áreas livres da doença, caso do Brasil. Segundo a Associação Brasileira da Proteína Animal (ABPA), que reúne a indústria do setor, esta pode ser uma explicação para o aumento das exportações do produto nacional em janeiro.

Nesta quinta-feira (2/2)s vendas externas de carne de frango totalizaram 363,6 mil toneladas no mês passado. O volume é 14,8% superior ao registrado no mesmo período no ano passado, quando os embarques somaram 316,8 mil toneladas.


O faturamento dos exportadores foi de US$ 604,9 milhões, superando em 34,1% o desempenho de janeiro de 2016, quando a receita foi de US$ 451,1 milhões. Os números englobam as vendas externas de carne in natura e industrializada. Os resultados são compilados pela ABPA com base nos dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).


Em nota, o presidente da ABPA, Francisco Turra, destaca que algumas regiões da Ásia, Europa e Oriente Médio demandaram mais carne de frango do Brasil. Daí a se considerar a influência dos diversos focos de gripe das aves na demanda mais aquecida pela carne de frango brasileira.


“É um movimento incomum para o período, o que pode indicar reflexos do movimento que os vários focos de Influenza Aviária têm causado no comércio internacional”, diz Turra, em nota.


De acordo com informes de autoridades locais e da Organização Internacional de Saúde Animal (OIE), a doença chegou a diversos países da Europa, África e Ásia. O surto de gripe das aves aumenta também o estado de alerta para evitar a propagação.


Há pouco mais de uma semana, cerca de 30 mil aves foram sacrificadas na Alemanha por causa de pelo menos quatro focos do vírus influenza. Na França, o aperta contra a doença também tem sido reforçado. No final de janeiro, pelo menos outros 18 focos foram relatados pela OIE.


Na Coreia do Sul, o governo anunciou recentemente uma “punição severa” para quem violar ordens de quarentena. No país, o alerta para a doença chegou ao nível mais alto no final de 2016 depois do agente causador da gripe aparecer em diversas propriedades.


No Brasil, onde não há focos da doença, autoridades e entidades ligadas ao setor produtivo defendem ações preventivas. O alerta ganhou força especialmente depois de um foco – ainda que de menor risco – ter sido detectado no Chile. O aparecimento da doença levou o Brasil a suspender a entrada de produtos avícolas daquele país.


A Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) informou que já foram adotadas precauções no Estado. Uma delas foi a suspensão de visitas de clientes e fornecedores a áreas produtivas para evitar contato com as aves vivas.


Em Santa Catarina, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola do Estado (Cidasc) comunicou ter intensificado a fiscalização nas granjas. Além disso, anunciou o reforça da vigilância epidemiológica em sítios de aves migratórias.


A Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo pediu apoio do governo federal e informou que foi criado um plano com ações preventivas. Profissionais da defesa agropecuária devem notificar a manifestação de sintomas ou a ocorrência de mortalidade de aves.

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