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A melhor hora para vender



Boa parte das culturas sofreu com as intempéries do clima na safra 2015/2016. O maior exemplo talvez seja o do milho segunda safra, também chamado “safrinha”. Apesar do aumento na área plantada, a falta de chuva afetou fortemente a produção do grão. A queda foi de 24,7% em relação ao ano anterior. Os dados são da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), e também apontam uma redução de 17,5% na safra do algodão em pluma. Isso sem falar da quebra na safra do café, especialmente o conilon, o que fez o preço do produto disparar. Em contrapartida, as expectativas para a safra 2016/2017 não poderiam ser melhores. Se as previsões se confirmarem, o Brasil deve colher, ainda de acordo com a Conab, entre 210 e 215 milhões de toneladas. Uma produção recorde. Isso, claro, pode impactar os preços, assim como o cenário internacional. A eleição de Donald Trump, nos Estados Unidos, já mexeu com a cotação do dólar e, em menor grau, com o preço internacional de algumas commodities. E há ainda a demanda mundial pelos produtos do agronegócio e uma série de outras variáveis que influenciam esse mercado. Diante de tantas oscilações, como escolher o melhor momento para vender o produto?

Especialistas são unânimes ao afirmar que o crédito destinado à comercialização e estocagem é um grande aliado nessa hora. Para Endrigo Dalcin, presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), de Mato Grosso, o recurso é de extrema importância. “Ele tem o papel de ajudar o produtor a escolher o melhor momento para vender sua produção. Precisamos, inclusive, batalhar por mais recursos e armazéns para aumentar nossa capacidade de estocagem. Isso é fundamental para que o produtor possa traçar suas estratégias de comercialização”, avalia.

João Carlos Jacobsen, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), concorda: “Quando as entidades foram consultadas pelo governo, por ocasião da elaboração desse plano safra que está em vigor, tivemos que decidir entre juros mais altos e um volume de recursos maior, ou juros mais baixos e um montante menor. Optamos todos pelo volume maior, devido à importância desse recurso, ainda assim insuficiente para atender a todo o setor”. O presidente da Abrapa cita o caso dos agricultores que tinham algodão da safra passada para vender neste ano de menor oferta. “Eles venderam muito melhor do que quem vendeu no ano anterior, especialmente para o mercado interno”, conta.


O superintendente de Agronegócio da CAIXA, Márcio Recalde, explica que cerca de 10% de todo o crédito agrícola é usado para financiar operações de comercialização e estocagem. “Esse recurso, além de permitir que o produtor encontre o melhor momento para vender seus produtos, tem regulamentação bem clara com relação a políticas de garantia de preço mínimo. São linhas de crédito que também possibilitam às cooperativas, por exemplo, antecipar a compra de seus cooperados e estocar os produtos para vender a preços melhores”, diz.

As várias linhas de crédito da CAIXA ¬– para comercialização e estocagem destinadas a produtores rurais (pessoas físicas e jurídicas), cooperativas de produção agropecuária, agroindústrias e empresas beneficiadoras – são boas soluções. Os juros ficam entre 9,5% e 11,25% e o prazo para pagamento é de até 240 dias, dependendo do produto. As regras variam conforme a modalidade de crédito. Mas, em comum, todas exigem que o empreendimento esteja de acordo com a legislação ambiental e que a propriedade seja regular, sendo ela própria ou de terceiros.

Considerando as peculiaridades e diferenças de cada linha, Recalde lembra que é importante o produtor interessado procurar uma agência da CAIXA para verificar qual dessas linhas atende as suas necessidades de forma mais adequada e, assim, possa fazer bons negócios!

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